A indústria de jogos de azar em Portugal tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos. Desde a legalização do jogo online em 2015, muitas empresas têm desfrutado do boom que isso criou, trazendo consigo uma série de conseqüências tanto positivas quanto negativas para a economia, a sociedade e a saúde mental dos jogadores.

A indústria de jogos de azar em Portugal é regulamentada pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ). O organismo tem o objetivo de assegurar a proteção dos interesses dos jogadores, a integridade dos jogos e a prevenção da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo.

Por outro lado, a arrecadação de impostos pelo governo português é uma das principais vantagens econômicas da indústria de jogos de azar. Em 2019, a contribuição para o Estado alcançou a valor de 109,1 milhões de euros, um aumento de 39% em relação a 2018. Além disso, os jogos de azar também geram empregos diretos e indiretos em muitas regiões do país.

No entanto, a indústria de jogos de azar também pode ter um efeito negativo sobre a sociedade. O jogo excessivo pode levar ao endividamento, ao desvio de recursos financeiros, à perda de relacionamentos e até mesmo à criminalidade. Além disso, o problema do vício em jogos afeta a saúde mental dos jogadores, o que pode levar a problemas como estresse, ansiedade e depressão.

Para combater esse problema, o governo português introduziu várias medidas destinadas a proteger os jogadores e impedir o jogo excessivo. É necessário que os cassinos e empresas de jogos de azar confiram a identidade do cliente antes de aceitar uma aposta e que haja uma política de autolimitação, ou seja, que os próprios jogadores tenham o poder de estabelecer limites para suas perdas.

Outro mecanismo regulamentar é a campanha nos meios de comunicação sobre os riscos do jogo excessivo e a promoção do jogo responsável. Na família, é recomendável incentivar que o jogo seja apenas uma forma de diversão, evitando assim o jogo excessivo e suas consequências negativas.

Com o aumento dos casos de vício em jogos físicos e online, o Estado deve se tornar mais atento à questão problemática que envolve a dependência de jogos. As medidas restritivas devem ser reforçadas e, em paralelo, deve-se incentivar o tratamento e suporte para jogadores patológicos.